O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou, nesta sexta-feira (22), a quebra do sigilo do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, citado pelo ex-ministro Sergio Moro como prova de interferência do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) na Polícia Federal. O vídeo foi liberado integralmente pelo Tribunal.
"Nós não podemos esquecer. Eu quero ver como é que está o cara na esquina, para ver os m... lá na esquina. É um direito de todo político ir lá e ter que ver como está o negócio. Mas nós temos que dar exemplo e mostrar que o Brasil não é isso que o pessoal pinta por aí. E voltando ao tema primeiro, não tenho informação, me sinto desinformado, preciso de informações também. Já tentei trocar genta da nossa segurança (da Polícia Federal) do Rio de Janeiro e não consegui. Eu não vou esperar f... minha família toda ou amigos meus porque não pode trocar alguém da segurança na ponta da linha ali. Se não puder trocar, troca o chefe dele, se não puder trocar o chefe, troca o ministro. Todos nós temos que ter essa lista. Quem não aceitar, está no governo errado", afirmou Bolsonaro em trecho do vídeo, em que fala sobre a falta de informações sobre investigações em andamento realizadas pela Polícia Federal.
Ao pedir demissão no dia 24 de abril, Moro disse que a demissão do então direto-geral da PF, Maurício Valeixo, exonerado na manhã do mesmo dia, foi tomada sem seu conhecimento e porque Bolsonaro queria colocar uma pessoa de sua confiança na instituição, que pudesse lhe enviar relatórios de seguranças e de investigações em andamento.
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